quinta-feira, 8 de março de 2012

Os opostos se atraem?


Será verdade essa afirmação?
O que devemos procurar em outra pessoa? O que é complementar ou o que é semelhante? Como será nossa "alma gêmea"?
Existem duas questões distintas a serem exploradas nesse assunto: a questão do magnetismo e a questão da afinidade.
No terreno do magnetismo esta afirmação tem total validade. Na natureza, o macho procura a fêmea e vice-versa; o pólo positivo é atraído pelo pólo negativo e repelido por outro pólo positivo (e não vamos neste artigo entrar no mérito do homossexualismo, que é uma particularidade da natureza, ok?)
No campo da afinidade, no entanto, vemos que o oposto acontece: nós buscamos aquilo que é semelhante a nós mesmos. Estudos mostram que desde a infância nós prestamos mais atenção naqueles que parecem pertencem à nossa faixa etária. Coloque um bebê perto de outro e eles não vão nem notar a presença dos adultos, de tão vidrados que ficarão um no outro. E o mesmo acontece na adolescência (e como!)
A questão é muito simples: procuramos quem tenha afinidade porque é isso que cria relacionamentos de longa duração. Seja nas amizades ou nos relacionamentos amorosos, precisamos de elementos que deem "motivos" para a aproximação.
Afinidade pode significar muitas coisas e existe em muitos graus. Dois colegas de serviço tem no mínimo uma afinidade em comum, um assunto em comum, que são as coisas do ambiente de trabalho. Porém dois amigos costumam ter diversas afinidades: às vezes gostam de ir nos mesmos lugares, gostam do mesmo tipo de música e assim por diante.

Encontrando alguém para amar

Para encontrar um parceiro ideal é necessário conciliar o maior número possível de afinidades.
  • É necessário que exista afinidade sexual, que é a famosa "química", indispensável para o amor.
  • É necessário que exista afinidade emocional, ou seja, é importante que gostem de estar juntos e que gostem de fazer coisas juntos - esse é o ponto mais importante para transformar um namoro num relacionamento duradouro e sólido.
  • É importante que exista afinidade de pensamentos, que pensem pelo menos parecido em algumas coisas que são realmente importantes para ambos. Por exemplo, se um é ateu e o outro evangélico, existe um tipo de incompatibilidade que só pode ser driblada com muita compreensão e respeito pela opinião do outro - do contrário, o relacionamento vai virar um campo de guerra. Às vezes até o time que se torce é motivo de briga. Então depende muito do nível de tolerância que o casal tem para lidar com o que é diferente no outro.
  • É importante que tenham afinidade de temperamentos. Não é que precisem ter o mesmo temperamento, mas fica realmente difícil ter um temperamento oposto ao do parceiro. Por exemplo: se um é dinâmico e apressado e o outro é lento e metódico, isso pode se tornar um problema. Ou se um é extrovertido e brincalhão e o outro é calado e excessivamente "sóbrio".

Eu não tenho todas essas afinidades com o meu parceiro... e agora?

Não quer dizer que a falta de afinidades em alguns desses elementos vai acabar com o seu relacionamento. Porém quanto menos pontos em comum, maior tem que ser o grau de tolerância, de respeito e de flexibilidade para levar adiante.
E lembre-se disso: as afinidades podem e devem ser construídas, não precisamos nascer com todas elas. Cada vez que nos aproximamos do parceiro ou parceira e nos interessamos pelo que ele/ela se interessa, ganhamos pontinhos que no final podem resultar em muitas coisas boas.

Onde eu encontro alguém com afinidades?

Muito simples: procure nos lugares que você já frequenta! A possibilidade de encontrar alguém afim no seu grupo social é muito maior do que encontrar "na balada".

Um comentário:

  1. Como eu já havia dito, adorei a forma como escreve, indo direto ao assunto de forma clara e objetiva, sem muita enrolação. Ansiosa aguardando os próximos posts.

    Bjssssss

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